SINAL DE ALERTA VERMELHO PODE SER LIGADO POR CAUSA DA GRIPE SUÍNA

Saúde

A falta de conscientização e a propagação de notícias falsas são alguns dos fatores que contribuem para o aumento nos casos de influenza A H1N1 na Bahia, segundo a infectologista Ana Paula Alcântara. Somente este ano, 12 pessoas morreram por causa da doença, oito apenas em Salvador.

O número é alarmante em comparação com 2017, quando a doença não registrou óbito, conforme dados divulgados pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).

Até a última segunda-feira, 23, foram notificados 416 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), destes, 61 de H1N1. Durante o mesmo período de 2017 foram notificados 161 casos de SRAG, sete de H1N1.

“A vacina é segura, mas, por causa da propagação de notícias falsas, as pessoas acabam ficando com medo de se imunizar”, declara Ana Paula. A médica explica também que os casos normalmente aumentam nos meses mais frios. “Esta é uma doença sazonal, ocorrências de forma geral sobem de abril a setembro, quando o clima é mais chuvoso e as pessoas ficam mais em ambientes fechados”.

Na Bahia, este ano, foram confirmados casos de H1N1 em 17 municípios e mortes em cinco deles. Salvador registrou oito óbitos. Camaçari, Lauro de Freitas, Saúde e Serrinha, um caso cada.

Para a subcoordenadora de imunização de Salvador, Doiane Lemos, a população precisa valorizar mais a vacina. “Está comprovado que é a melhor forma de se proteger. Não adianta o governo adquirir o material, capacitar profissionais e a população não aderir”, denuncia.

A subcoordenadora critica também quem compartilha notícias falsas. “Estamos vivendo uma época de ‘fake news’ em tudo, por isso a população precisa averiguar a veracidade dos fatos antes de saber se é verdade”, completa Doiane.

Aproximadamente 60 mil pessoas tomaram a vacina que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B nos postos de saúde de Salvador e 113 mil no estado. A campanha começou na segunda-feira passada e será encerrada em 1º de julho. A meta é vacinar 90% do público-alvo, o que equivale a cerca de 600 mil na capital e 3,6 milhões na Bahia.

Público-alvo

Devem ser imunizados idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem receber a dose. Neste caso, é preciso apresentar uma prescrição médica. Quem se encaixar nos grupos prioritários pode procurar um dos 126 postos da capital, com documento de identificação e cartão de vacina.

A Tarde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *