Irritabilidade, cólicas, ansiedade, insônia, tristeza, compulsão por doces, constipação, sentimento de desesperança, fome excessiva, inchaço, aumento e dor nos seios, dor de cabeça, problemas de memória e acne são alguns dos mais de duzentos sintomas físicos e emocionais relatados, que podem caracterizar a Síndrome Pré-Menstrual, mais conhecida pela sigla TPM (Tensão Pré-Menstrual). “A Síndrome é resultado de alterações hormonais que acontecem no período que antecede o ciclo menstrual. Nos casos mais severos, a TPM pode afetar os relacionamentos pessoais e profissionais e a qualidade de vida da mulher, que fica com as emoções à flor da pele”, explica o ginecologista Jorge Valente, diretor médico do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana). De acordo com o Ministério da Saúde, a TPM atinge cerca de 70% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva.
A mulher acometida pela TPM apresenta uma combinação dos inúmeros sintomas, que podem variar de intensidade a cada ciclo mensal, e que, geralmente, desaparecem após o início do fluxo menstrual. “O tratamento para TPM deve ser individualizado já que os sintomas variam para cada mulher. A mulher deve buscar ajuda de um ginecologista, que vai prescrever os medicamentos para redução dos sintomas e controle da Síndrome a partir do diagnóstico dos sintomas predominantes”, avalia Jorge Valente.
“Em alguns casos, a TPM pode ser tão intensa e com sintomas tão exacerbados que leva a mulher a um quadro de depressão e descontrole emocional, o que compromete a sua rotina e pode afetar até as atividades mais simples, assim como as relações afetivas, familiares e profissionais,” ressalta o médico.
Além da variedade de sintomas e intensidade, a duração da TPM também varia para cada mulher. Algumas sentem os sintomas apenas dois dias antes do fluxo, outras podem passar até quinze dias com os sintomas da TPM, mas em média a Síndrome dura em torno de sete dias.
A depender do quadro, o tratamento pode ser feito através do uso de anticoncepcionais, que regulam os hormônios controlando os sintomas físicos e emocionais, do uso de diuréticos para tratar a retenção de líquido e o inchaço, ou de ansiolíticos e até antidepressivos. “Cada mulher tem seu tratamento individualizado e há casos em que é preciso usar medicamentos combinados para controlar a Síndrome”, esclarece Jorge Valente.
O estresse e o estilo de vida podem piorar o quadro de TPM. “Praticar atividade física, evitar o consumo bebidas alcoólicas ou estimulantes, como café, chá preto, refrigerantes e mate, realizar atividades que aumentem o bem estar e controlem o estresse e ansiedade, diminuir o consumo de sal (responsável pelo aumento da retenção de líquidos e do inchaço), ter uma alimentação balanceada e evitar o consumo excessivo de carboidratos e açucares são algumas medidas que podem contribuir para reduzir o desconforto e os desagradáveis sintomas da TPM”, recomenda o especialista.
(Assessoria)