O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) irá realizar mais duas ações de venda de gasolina a preço reduzido nesta terça e quarta-feira, em Salvador e Alagoinhas. A iniciativa, que visa protestar contra o aumento dos preços praticados pela Petrobras, antecede a greve da categoria, marcada para essa quinta-feira, 18.
A primeira ação acontece na terça-feira, 16, às 7h, no Posto Apache, no Dique do Tororó, em Salvador. Os 150 primeiros motoristas que chegarem ao posto poderão abastecer com 20 litros de gasolina pagando R$ 3,50 por litro, preço considerado justo pelos petroleiros. Já os 50 primeiros motociclistas podem abastecer suas motos com cinco litros de gasolina.
Na cidade de Alagoinhas, a iniciativa ocorre na quarta-feira, 17, às 7h, no Posto Laguna, localizado na Avenida Dantas Bião. A quantidade de carros contemplados para abastecer 20 litros de combustível é de 120 e a de motos, para cinco litros, 50. Assim como em Salvador, o litro da gasolina será vendido por R$ 3,50.
A Sindipetro ressalta que se o consumidor quiser encher o tanque do seu carro ou moto, pagará o preço proposto pelo órgão apenas para os 20 litros (veículo) e cinco litros (moto). Para o restante, o posto cobrará o valor aplicado nas bombas. Esta é a segunda vez neste ano que a categoria realiza uma ação do tipo – a primeira ocorreu no fim de janeiro.
Em nota, a entidade diz que o objetivo das mobilizações é mostrar à sociedade que é possível vender os derivados de petróleo a um preço justo, levando-se em consideração o custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.
“Ao adotar o Preço de Paridade de Importação (PPI), a Petrobrás atrela os preços dos combustíveis no Brasil ao valor do barril de petróleo no mercado internacional, ou seja, a estatal produz em real, mas vende em dólar para o povo brasileiro”, afirma o coordenador do Sindipetro, Jairo Batista.
Já o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, aproveita para falar sobre a venda da Refinaria Landulpho Alves anunciada pela Petrobras, que segundo ele, provocará diversas consequências.
“Os consumidores serão ainda mais atingidos, pois os preços dos combustíveis devem ficar ainda mais altos. E ainda será criado um monopólio regional privado e sem competitividade, como apontou estudo da PUC Rio ao analisar os efeitos da privatização das seis das oito refinarias colocadas à venda pela Petrobras”, diz.
A Tarde