Há uma guerra de acusações sobre quem é o responsável pelo preço exorbitante dos combustíveis veicular no Brasil. A Petrobras com sua política internacional, sufoca os nativos e facilita para os estrangeiros. Os estados não abrem mão das suas fatias retiradas com a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e os donos de postos, tirados a inocentes também ajudam a depenar quem precisa destes derivados para continuar a sua labuta todos os dias, ou seja, todo mundo.
Na última segunda-feira, a Petrobras reduziu em 2% o valor do litro da gasolina cobrado nas refinarias. Este anúncio foi comemorado como alívio, uma vez que só ouvimos falar em aumento, mas todo mundo caiu do cavalo. Antes da medida entrar em vigor, em uma ação coordenada os postos aumentaram os preços descaradamente sem a menor justificativa, quando deveriam repassar o bônus aos consumidores. Se as distribuidoras compraram mais barato, elas não venderam mais caro. Nesta região observamos um acréscimo de até R$ 0,20 por litro, o que foi um balde d’água no tanque de todos.
Há duas semanas o Governo da Bahia divulgou uma nota dizendo que não tem aumentado o ICMS da gasolina nos últimos quatro anos, e que a informação sobre este assunto é falsa. De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado, o que ocorreu no último dia 1⁰ foi a atualização dos valores de referência para cobrança do imposto. Estes valores adequam a cobrança do ICMS aos preços reais de mercado, praticados nas bombas. Nesta brincadeira de toma toma, quem perde tudo mesmo é o consumidor final. Que diferença faz para nós o que e onde foi aumentado? O grande problema é que vamos pagar mais caro, e aí estão os dedos do estado e dos donos de postos.