A Justiça negou nesta sexta-feira (26), o pedido de prisão preventiva contra o piloto do barco que naufragou e deixou oito mortos em Madre de Deus, no último domingo (21). O requerimento feito pelo delegado responsável pelo caso, alegava que Fábio Freitas dos Santos não prestou socorro às vítimas, e que a embarcação estaria com lotação superior à permitida e o investigado não tinha habilitação para a condução da embarcação. O Ministério Público, no entanto, se manifestou contra a prisão, alegando “contradições e fragilidade” nas provas. Segundo o órgão, ainda é preciso esclarecer uma briga que teria ocorrido no barco e causado o naufrágio, e investigar se, de fato, a embarcação estava com excedente de pessoas. De acordo com uma testemunha, 32 passageiros estavam no barco, que tem capacidade para até 15 pessoas. Na decisão, o Tribunal de Justiça da Bahia apontou ainda que não é plausível afirmar que o piloto omitiu “socorro às vítimas quando ele mesmo foi resgatado após o naufrágio e a testemunha asseverou que a filha e o neto do investigado estavam entre as vítimas fatais”. A defesa alegou que o barco de foi invadido por pessoas que estavam em uma festa na Ilha de Maria Guarda.