Muitos políticos brasileiros começaram a “carreira” ainda jovens, e boa parte deles se mantém há muitos anos no mesmo cargo e não pretende sair. Em São Francisco do Conde também temos exemplos claros deste apego, porém algumas pessoas mostraram coragem, e abriram mão de uma possível reeleição e se lançaram candidatas ao outro poder. Alguém pode até dizer que sair, mas imagine continuar pleiteando uma vaga no legislativo, onde vários se elegem, e almejar uma das duas do executivo.
De fato, quase todos que abriram mão de uma possível reeleição à Câmara, na cidade de São Francisco sabiam que concorreriam para prefeito ou vice. Antônio Pascoal em 1993, Beto Maria em 2004, Rilza Valentim em 2008, Amarildo Guedes, que apesar da ameaça de não reconquistar sua cadeira de vereador, também foi tentar ganhar como vice de Antônio Calmon em 2012, e acabou derrotado. E Messias Antônio em 2016, não quis o terceiro mandato e se lançou candidato a prefeito, perdendo para Evandro Almeida.
Cravinho-Com três mandatos de vereador, o Professor Cravinho (PP) já disse que em 2020 não concorre ao quarto mandato como parlamentar. O detalhe deste caso é que até o momento ainda não há nenhuma informação oficial, se ele vai tentar este ano à Assembleia Legislativa, ou ao executivo municipal daqui a dois anos. O fato de por enquanto não ser candidato a nada, não quer dizer que ele se afastará da política.
Por diversas vezes em seus discursos, o Professor Cravinho falou que não tem nada contra a quem tem vários mandatos, porém ele acha que já deu sua parcela de contribuição como vereador, e gostaria que outras pessoas tivessem esta chance. Linha de pensamento também destacada um pouco lá atrás pelo ex-vereador Messias Antônio. Esta atitude pode trazer reflexão aos jovens que pretendem adentrar na política, a não seguir o modelo atual de perpetuação no poder, sem ao menos possibilitar uma rotatividade.
O escolhido-Dentro e fora do grupo do professor cravinho existe uma grande ansiedade em saber quem ele supostamente escolheria para lhe suceder. São diversas pessoas que gostariam de encabeçar a “chapa”, no entanto ainda nada foi definido, afinal é muito cedo. A movimentação interna é grande e pelo menos cinco colaboradores sadiamente disputam esta preferência. Resta saber se independentemente de quem seja, os demais vão aceitar e continuar o projeto.