A falta de acessos nas cidades brasileiras é uma situação muito complicada para as pessoas, principalmente para quem tem algum tipo de redução na mobilidade. De acordo com o IBGE, em 2010, o país passou a ter mais de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. O Estatuto da Pessoa com Deficiência, sancionado em 2015, garantiu uma série de direitos. Deficiência, segundo o Estatuto, é “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”.
Muitos direitos inclusive de quem não tem deficiência são negligenciados, como ocupação de passeios, impedindo o trânsito de pedestres. Em São Francisco do Conde por exemplo, é quase impossível andar sobre uma “calçada”. Quando não tem buracos, um poste, ou um carro, tem uma casa, uma rampa de garagem, uma mesa com pessoas tomando cerveja, escadas, ou carrinhos de supermercado. Na foto, um mercadinho na Nova São Francisco, além de ter feito rampas e um alto degrau, fez uma extensão para colocar bancas de frutas, e verduras, e estacionar seus carrinhos. Na frente são colocados os carros da loja e de funcionários, e quando os caminhões chegam com mercadorias, somente este estabelecimento, gera um caos na principal rua comercial do município.
O estabelecimento é um ótimo prestador de serviço e gerador de empregos na cidade, mas isso não lhe dá direito a retirar os direitos das outras pessoas. A população quer esta loja, mas quer também poder ir e voltar com segurança e sem impedimentos.
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